COIED - Conferência Online de Informática Educacional

Estou participando desde a semana passada do COIED - Conferência Online de Informática Educacional. Esse é um evento internacional onde se pode participar de atividades como fóruns de discussão, Webinares, videoconferências e videoconferências em SL).

Participo também, com meus colegas de grupo de pesquisa, publicando dois trabalhos neste congresso em Portugal. O nosso grupo de pesquisa, composto por Simone Teodoro Moreira, por mim e pelo Wanderson Gomes de Souza, emplacou ao mesmo tempo dois trabalhos nesse importante evento promovido pela Universidade Católica Portuguesa.  Um evento que reuni pesquisadores, de vários países, interessados no desenvolvimento do conhecimento e na partilha de experiências no âmbito da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no contexto educacional.

Os trabalhos publicados foram:

  • O Potencial do Second Life para Educação a Distância” – um artigo que  elenca o potencial do Second Life para a Educação a Distância. O Second Life, um ambiente virtual tridimensional, é abordado neste trabalho através de uma cuidadosa revisão bibliográfica, enquanto ferramenta para se trabalhar atividades educacionais. Atividades suportadas pelos recursos desse ambiente no sentido de serem utilizados como meios possibilitadores de interação, comunicação e socialização.

  • A Estética do Mashup em Atividades Ubíquas de Ensino e Aprendizagem” – um trabalho que busca a reflexão na prática do copiar e colar, no sentido do que se conhece no ciberespaço por remixagem e mashup e suas implicações no contexto educacional. Assim, esse artigo se propõe a refletir dessa prática aplicada por sobre recursos tecnológicos comunicacionais, principalmente em dispositivos móveis, no sentido da extensão de ambientes educacionais formais.
Com essas e outras pesquisas em andamento, esse grupo de pesquisa que constituí a equipe da unidade de Gestão da Educação a Distância (GEaD) do Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS), vem mostrando que a EaD desta instituição é feita sobre uma prática realmente reflexiva. Uma prática sempre calcada na pesquisa e aplicação de métodos e recursos de ponta e que contribuem para a sensibilização e promoção da aprendizagem através das TIC.

Parabéns e muito obrigado aos meu colegas de trabalho e de pesquisa!

E vamos em frente!

Como se pode aprender através de dispositivos moveis?

De acordo com um recente estudo realizado pela Ericsson, fabricante de celulares, até 2015, 80% das pessoas que acessam a Internet irão navegar na Web a partir de dispositivos móveis. Tudo indica que o acesso a Internet por dispositivos móveis vai superar o acesso feito através computadores em menos de dois anos.

Esta mudança na forma de conexão com a Internet se mostra, quase que certamente, devido a convergência de três tendências:
  • o crescente número de dispositivos móveis que possibilitam tal acesso
  • o aplicativos e conteúdo da Web cada vez mais adaptados a tais dispositivos e 
  • o contínuo desenvolvimento das redes sem fio que suportam tais conectividades.
Que os dispositivos móveis são, na atualidade, os que mais encarnam a chamada convergência tecnológica, não há dúvida. Mas o que precisamos buscar, enquanto educadores e pesquisadores da área educacional, é o como podemos usar tais recursos convergentes em um só aparelho em favor de um processo de ensino e aprendizagem. Um processo contextualizado como a realidade dos atuais estudantes e futuros profissionais e cidadãos.


Assim, devemos refletir-agir-refletir urgentemente em como utilizar, de maneira inovadora e contextualizada com a sociedade da informação e colaboração, recursos como:
  • os da Web 2.0 como os construtores e editores colaborativos de arquivos online, 
  • os blogs, vlogs (Vídeoblogs), flogs (Fotoblogs),
  • os presentes nas redes sociais, como o Twitter, Facebook, Orkut, YouTube, 
  • os leitores de livros eletrônicos, 
  • as ferramentas de anotação,  
  • os GPS e bússolas,
  • os acelerômetros e sensores de movimento e
  • os de captura e edição de som, vídeo imagem. 
Assim vemos todos os dias que, como essas, muitas outras funcionalidades em dispositivos móveis vêm sendo desenvolvidas em um ritmo extremamente acelerado. Não obstante, vemos que os potenciais da computação móvel frete às possibilidades de aprendizagem já estão sendo explorados em vários projetos de pesquisa em nível de pós-graduação bem como em literatura específica. 

Contudo, tenho percebido que em tais pesquisas e literatura, quando abordam o como aprendemos com tais recursos na atualidade, as considerações tendem sempre a ser relacionadas à prática do ensino. Isso pode evidenciar a concepção velada de que aprendizagem só pode ocorrer dentro do contexto formal das escolas do sistema educacional e não formal como nas aulas particulares de idiomas, música dentre outras semelhantes. Assim lanço uma questão: a aprendizagem informal, não poderia nos oferecer bons subsídios para repensarmos em como os estudantes podem aprender com tais recursos tecnológicos móveis?

Aí vejo que os recursos presentes nos dispositivos móveis, quando se mostram plataformas comunicacionais inerentes ao cotidiano de nossos estudantes, podem e devem ser concebidas para além do ensino expositivista das tendências pedagógicas tradicionais. Usar a tecnologia móvel como quadros negros mais sofisticados e remotos, iPads como apostilas com recursos multimidiáticos mas que se prestam apenas à transferência e averiguação de conteúdos nos aprendentes e o YouTube como um vídeo cassete on-line móvel, onde os alunos são vistos apenas como receptores, não nos faz inovadores. Na verdade, se trabalharmos como os dispositivos móveis dessa maneira estaremos apenas repetindo práticas de ensino tradicionais de forma mais, digamos, “perfumada”.

Um vídeo interessante que nos mostra de forma alegórica o que quero dizer é:



Assim, vemos que estamos frente a um bom desafio: o da inovação não proporcionada pela simples adoção dos recursos que os dispositivos móveis nos oferecem. Estamos, na verdade, frente a um desafio de inovação da práxis educacional suportada por recursos comunicacionais. Recursos que cada vez mais se mostram libertos das telas dos desktops no sentido da presença dos espaços físicos de nossa realidade atual.

    Princípios e bases da gestão escolar

    Um vídeo interessante que estou trabalhando com uma turma de pós-graduação do Unis-MG na disciplina de Projeto Político-Pedagógico da Escola:

    Refletindo sobre a quebra do paradigma cartesiano

    Um bom trecho de vídeo que pode nos  motivar frente a reflexão sobre a quebra do paradigma cartesiano. Uma quebra que pode nos conduzir para a direção do que a complexidade tem a oferecer como pensamento  disruptivo:


    Assim vemos que nessa perspectiva, o mundo é entendido de forma exata tal como uma máquina de um relógio de corda, com suas engrenagens. Dessa forma, o funcionamento das coisas se mostra regido por regras exatas e inflexíveis como nos mostra Araújo (2003, p.8):

    O relógio e suas engrenagens compõem a metáfora que foi empregada para explicar a natureza. Da mesma forma que o tempo passou a ser contido dentro do relógio, permitindo sua maternatizacão, a natureza pôde ser dividida em inúmeras partes, mais simples. O relógio podia ser analisado desmontando-o em pequenas peças, as quais, sendo mais simples, tornavam mais fácil a compreensão de seu funcionamento e, inclusive, seu conserto, quando necessário. A natureza e o ser humano começaram a ser analisados também dessa maneira, sendo divididos em pequenas partes, mais fáceis de estudar. O pressuposto adotado foi o de que, se entendendo as partes,entender-se-ia o todo.

    Boas críticas que nos levam ao pensamento complexo!

    Referências
    ARAÚJO, Ulisses F. Temas Transversais e a estratégia de projetos. São Paulo: Moderna, 2003.

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